domingo, 27 de novembro de 2011

"Sobressaltos"

Longos dias esquecida
E ao lembrar que esqueci ...
Sobressalto!
Um vazio... Sensação estranha...
A luta contra a lembrança,
Mas pra que lutar? Ela sustenta minha existência...
O que sou... O que pretendo ser... O que mudei em mim...
A abóbada azul marinho está repleta de pontos de luz...
Faíscam as estrelas! A selene esconde-se...
Quem pode vê-la por detrás das nuvens?
Quem sabe você?
E brisa balança as copas das árvores,
Consegue sentir?
Tudo como antes... Tudo como amanhã...
A natureza eterniza aquilo já não existe...
Contraditório! Contraditório?
Eu sou este contraditório...
Por que me preocupar com este cenário
Se ele já me fez desperdiçar tantas lágrimas...
Sabe as lágrimas? Já não as tenho!
Lágrimas de Potira...
Os diamantes são meus dias
Lapidados no esforço incansável
De lembrar ... De esquecer...
Sobressaltos de novembro!


28nov2011

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

"Um menino"

Você completava 20 anos,
Um menino...
A noite chegou com seu sorriso...
E eu estava tão feliz
Te esperava com um bolo,
Uma camisa azul celeste, cambraia
Um coração para te entregar...
E era para sempre...
Eu temia a decisão que o coração tomava.
No fundo da minha alma uma consciência cruel
Gritava em silêncio dolorido
“Pra sempre, sempre acaba”...
Como na canção.
E o menino cresceu
Longe dos meus olhos...

15.11.2011

sexta-feira, 11 de março de 2011

Porque eu trago um coração cativo ... tolo! E "cheio de marcas que a vida deixou"


If I Could Be Where You Are

Composição: Eithne Ní Bhraonáin (Enya)

Where are you this moment?
only in my dreams.
You're missing, but you're always
a heartbeat from me.
I'm lost now without you,
I don't know where you are.
I keep watching, I keep hoping,
but time keeps us apart

Is there a way I can find you,
is there a sign I should know,
is there a road I could follow
to bring you back home?

Winter lies before me
now you're so far away.
In the darkness of my dreaming
the light of you will stay

If I could be close beside you
If I could be where you are
If I could reach out and touch you
and bring you back home
Is there a way I can find you
Is there a sign I should know
Is there a road I could follow
to bring you back home to me

sábado, 29 de janeiro de 2011

"Preciso tanto!"


”Quando a saudade vem rondar as madrugadas insones e solitárias
Quando a lua cheia ilumina o nosso quarto me trazendo aquelas longas noites de amor(?)
Quando me pego lembrando do seu sorriso...
Quando penso no quanto preciso te esquecer, para enfim, recomeçar a viver
... Sinto o doer e o estremecer do meu coração... a inquietação de minh’alma!”
E nesse instante me permeia cruelmente uma incerteza. Aquela que não poderia existir porque a sua constatação me causa pânico.
Teria você realmente me amado?
Não. Não me responda!
Não suportaria a triste certeza do sim... E o não me sucumbiria aos poucos... O não acabaria com todos os sonhos (felizes) que tivesse sonhado.
Não me responda!
Não me condene à culpa... Eu não resistiria...
O talvez me conforta...Me ajuda a viver... O sim e o não... Se fundem e se equilibram... Me dão a chance da paz... E eu preciso tanto!!! Tanto.

sábado, 25 de dezembro de 2010

ღღ Um Feliz Ano Novo, de novo ღღ





Sim, estou decidida a afastar dois meu olhos tudo aquilo que me traz melancolia. Quero distanciar tudo que meus olhos enxergam e que magoam o meu coração.
Se “o que os olhos não vêem o coração não sente”... Então faço deste dito uma verdade suave e plena para minha existência que precisa urgentemente de leveza! De paz!
Não quero mais olhar para um lado e ver uma foto, uma estatueta, um desenho... Não quero ouvir “Kitaro” não quero saber do “Cosmos”...
Nego-me a olhar o que foi nosso... Quero apenas o meu mundo particular... Pequeno... Seguro!
Sinto não poder fugir nem evitar do olhar deles... Tão teus! As manias... As doçuras e iras.
Mas até essas coisas que não posso evitar, lutarei bravamente para não notar e se notar, quero inventar outro motivo para recordar... Um motivo que não seja tua existência.
Decididamente desfaço-me das peças e vestimentas do ritual sagrado que um dia me fez pensar por dois... Sonhar por dois... Pensei por um... Sonhei sozinha! Adormeci à tua frondosa sombra... Acordei estupefata e solitária.
Sob a lua cheia de cor prata... Na serenidade da noite... Decido calma e estupidamente, regada de uma emergência sensata... Decido por mim! Poderei tropeçar... Cairei na tentação de te encontrar ao olhar para as noites que me remeterão àquelas infindáveis enamoradas conversas ao doce luar e à delicada brisa... Ah... A paixão! As cartas de amor... Ridículas, como diria o poeta português... Livrarei-me delas também! Cruéis traçados na língua pátria... com um “Q” de ciência... Revelando o amor, intensificando a saudade, traçando planos... Planos que tal como num mapa de tesouro de piratas, que jamais se encontra... Um pote de ouro no fim do arco íris! E eu aprendi com você porque o céu á azul e porque o arco Iris tem as sete cores! Algumas culturas inúteis que me brilharam aos olhos me encheram de alegria!
Ah! Basta! Não quero mais nem a Lua cheia nem a lembrança do teu sorriso! Decido ferozmente que nada mais me trará melancolia!
A partir deste momento que tento alongar com tantas palavras vazias e pesadas, afasto-me e desisto de ti!
Lá fora chove forte agora... Talvez devesse eu banhar-me em suas gotas densas, transparentes.
Talvez devesse aventurar-me numa dança frenética como numa dança tribal de tal forma que o suor da minha exaustão se misturasse à chuva rasgada violentamente com bailar do meu corpo retirando de mim pensamentos impuros, sentimentos de dor... Quiçá ao findar desta nobre loucura não me sobrasse nada deste restinho ínfimo de você que ainda impregnado em mim não me permite a paz que quero e preciso...
A chuva... Leva as impurezas das ruas e calçadas... A chuva trai o nosso combinado... Traz-me lembranças...
Ah! Depois dela, novamente virá a lua... Cheia... E o céu a receberá em límpido azul marinho para que ela, majestosamente, embeleze a noite dos seres felizes... Dos poetas pálidos em sua tristeza inspiradora... Dos boêmios... Dos felinos nos telhados gritando de amor... Da moça namoradeira... Do bêbado cantarolando... Do trabalhador que exausto regressa ao lar sem nem ao menos notar sua beleza cintilante...
Estou tão decidida a livrar-me de você que não consigo controlar minha ansiedade... Minha mentira... Eu preciso deste engano! Eu preciso e desejo um Feliz ano Novo!

Dezembro2010

sábado, 20 de novembro de 2010

ღღ Amarelos ღღ


...
Tua lembrança
Será como uma pintura em aquarela...
Nas cores que se misturarão suavemente entre si
E em sobre tons serão quase uma só...
O tempo...
E os seus amarelos,
Intensos amarelos...
Serão os amarelos de todos...
E de tão banal não me saltará aos olhos
Nem causará tremores
Inda lembrarei com saudade,
Sim!
A simples saudade sem esperança
Nem alegre, nem triste!
Nem nada...
Esquecerei teus versos...
Tua poesia...
Teus defeitos!
Não sei, não sei, não sei!
Deixaste em tua herança
Teu sangue
Teu semblante
Sorrisos
E gestos...
E minha solidão
Justificará meu amarelo desbotado
Com o qual pintei seus dias...


nov/2010

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

ღღ Bem ღღ



Novembro...
Só Deus sabe o tamanho da sua dor!
Aquela mulher de vermelho
Que de tão desfigurada não se reconhecia em si!
Mas que o espelho revelou
Perdida no tempo e no espaço
Da felicidade alheia!
Olhos vazios! Sem cor!
Noite insones...
Ouvia a voz que dizia!
“Bem!”
Coração saltitante dentro do peito já sem espaço para abrigá-lo!
Não! Não era o seu bem.
Lá, distante naquele bangalô...
De novo amor!
Dor!

nov/2010