Primavera no seu bangalô
A Primavera de hoje me fez saudosa
Cruel em chuva transparente
Que subitamente me remete
Às largas e planas ruas do Meia Lua.
Onde desfilam ainda, as crianças
E o carrinho de churros...
Tão linda e impiedosa
A primavera de hoje
Recorda-me as verdejantes montanhas
Feito tapetes, perdidas num infinito azul claro, límpido
As roupas que bailavam ao som do vento,
Às tardes alaranjadas...
Festejando o verão...
No seu bangalô!
A primavera de hoje revela as marcas de um coração.
Fecho os olhos na esperança de que
As lembranças se arrastem como
As saudosas brancas e soberbas nuvens
E se percam, na anil imensidão.
(Sandra Virginia- Set/2008)
